Pedro Cubas - Território
A comunidade de Pedro Cubas de Baixo já tem o título de suas terras, num total de 3.806,23 hectares. Pedro Cubas de Cima já foi reconhecida como remanescente de quilombo, a partir de um Relatório Técnico-Científico feito pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), em 2003. No entanto, seu território, de 6.875,22 ha, ainda não foi titulado por causa da indenização devida a terceiros que se apossaram de sua maior parte.
Boa parte do território foi desmatada para cultivo de arroz e para pasto. Por volta de um terço é de mata preservada. Nessas terras existem hoje bananais e áreas cobertas de capoeira, locais de roças antigas onde é possível o uso agrícola tradicional. Com as restrições das leis ambientais algumas áreas de mata já não podem ser derrubadas.
A área preservada tornou-se muito importante, porque constituiu-se num reservatório em uso de materiais de coleta que são necessários para a confecção de artesanato, como pulseiras e colares e outros artefatos de uso diário pelas famílias, tais como pilões, cestas, etc.
As cabeceiras do Rio Pedro Cubas estão se tornando sumamente importantes para a continuidade da conservação ambiental das terras da comunidade, assegurando a ela os meios de controle sobre a qualidade das águas do rio. Atualmente o Rio Pedro Cubas já se encontra ameaçado por causa do uso para irrigação (alagamento) de plantio de arroz com uso de agrotóxicos em fazenda vizinha, poluindo a água e matando peixes, além de prejuízo à saúde das pessoas. A derrubada de matas ciliares nessas áreas tem causado o assoreamento do rio.